Agronegócio brasileiro usará robôs e IA para análises no campo

O Banco BV anunciou a conclusão de uma operação no valor de R$ 2 milhões por meio do programa BNDES Inovagro, destinada ao grupo Baumgart. O conglomerado atua em setores como shoppings, construção civil e agronegócio.

Esse recurso será utilizado na aquisição de sete robôs equipados com inteligência artificial (IA). Eles realizarão análises agronômicas no campo. A tecnologia pretende, assim, otimizar o controle de plantas daninhas em estágio inicial, reduzindo em até 95% o uso de herbicidas. Além disso, os serviço pode melhorar a compactação do solo e diminuir a pegada de carbono.

Financiamento quer impulsionar produtividade

O financiamento também visa aumentar a produtividade agrícola. O valor de R$ 2 milhões é o limite anual do programa por beneficiário. Aliás, esta é a primeira operação das duas empresas dentro do programa de incentivo à inovação tecnológica na produção agropecuária.

O Inovagro é um programa que exige análise técnica robusta dos riscos socioambientais da área a ser beneficiada. E, mais uma vez, demonstramos nossa capacidade de atender nossos clientes em uma operação diferenciada e alinhada aos nossos propósitos de ESG e inovação, afirma o diretor-executivo de Atacado do banco BV, Rogério Monori. 

Blockchain já faz parte do agronegócio brasileiro

Não é de hoje que o setor, que movimenta mais de 25% do PIB brasileiro está investindo em inovação para otimizar a produção. O país conta com iniciativas como, por exemplo, barter digital de commodities agrícolas. Uma delas é o Agrotoken, que inclusive apresentou recentemente uma ferramenta para gerenciar e comprovar práticas sustentáveis com blockchain.

Além da Agrotoken, outra empresa brasileira tem se destaca ao usar blockchain para mensurar o impacto ambiental no Brasil. Por meio de plataformas proprietárias, a Agrotools realiza mais de 2 mil análises diárias para acelerar o crédito no agronegócio, ajudando instituições financeiras a operar com mais segurança e rapidez, considerando critérios ESG como desmatamento, plantio, incêndios, garantias, embargos ambientais e riscos climáticos.

Em junho desde ano, a agtech anunciou  uma parceria com a B3  para incorporação da plataforma da Agrotools ao processo de registro de títulos do agronegócio como Cédulas de Produtor Rural (CPRs) e outros na B3.

Hoje, a bigtech analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities. Além disso, são mais de R$ 50 bilhões em financiamento rural que contam com o suporte de ao menos uma das soluções da empresa, e cerca de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas.