Fim do Ethereum? Receita da rede cai 98% com avanço das L2
Mesmo sendo a principal blockchain para stablecoins e tokenização, a receita da rede Ethereum despencou nos últimos meses.

Desde março de 2024, a rede Ethereum apresenta uma queda em receita com taxas de transação de mais de 98%. O motivo? A ascensão das soluções de segunda camada (Layer 2).
Apesar de registrar um volume recorde de stablecoins — mais de US$ 130 bilhões — e liderar a indústria cripto em termos de tokenização, a blockchain principal (Layer 1) do ETH tem visto sua atividade cair.
Segundo um estudo da Coin Metrics, os usuários estão migrando para soluções mais baratas e rápidas, como Arbitrum, Base e Optimism.
Avanço das L2 reduz receita e queima de Ethereum
O marco dessa mudança veio com a atualização Dencun e a introdução do EIP-4844, que adicionou o recurso conhecido como blobspace. Essa nova funcionalidade permite que os dados de transações sejam armazenados de forma mais eficiente pelas L2.
Como resultado, a execução de transações migrou em massa para essas redes secundárias. A migração, por sua vez, derrubou drasticamente a arrecadação da rede Ethereum.
Em março de 2024, as taxas somavam quase US$ 30 milhões. Agora, esse valor gira em torno de apenas US$ 500 mil por mês. Além disso, essa redução afetou diretamente a queima de ETH. Com menos taxas-base, menos tokens são retirados de circulação .
Atualmente, a rede queima cerca de 70 ETH por dia, valor muito inferior ao registrado em ciclos anteriores. Como consequência, a inflação do ETH voltou a crescer e já atinge 0,79% ao ano.
Apesar da queda na atividade, as Layer 2 têm prosperado. Juntas, as redes Base, Optimism e Arbitrum pagaram apenas US$ 13 milhões em taxas de blob. Mesmo assim, elas mantêm margens de lucro acima de 90%.
Ou seja, enquanto o Ethereum arca com os custos de segurança da rede, as L2 ficam com a maior parte do retorno econômico.
Futuro depende de ajustes e novas atualizações
A situação atual acendeu um alerta na comunidade. O ETH vem perdendo valor frente ao Bitcoin, com o par ETH/BTC atingindo recentemente seu pior nível em cinco anos. Além disso, tem perdido espaço para outras criptomoedas promissoras .
A desconexão entre o crescimento das L2 e a queda no valor do ETH preocupa investidores e desenvolvedores.
Contudo, a rede Ethereum ainda não está fora do jogo. As próximas atualizações , como o upgrade Pectra, devem ampliar a capacidade de blobs por bloco. A expectativa é aumentar o número de transações e, assim, elevar a arrecadação com taxas.
Além disso, o plano é expandir o uso da Layer 1 para setores estratégicos como DeFi, stablecoins e tokenização. Ao atrair esses mercados de alto valor, a rede espera recuperar parte da relevância econômica perdida.
Outro fator promissor é a chegada dos ETFs de ETH em staking. Com o Pectra, o ecossistema de staking pode ganhar mais visibilidade e atrair capital institucional.
Embora os dados atuais sejam preocupantes, o Ethereum ainda possui uma base sólida. O sucesso futuro, porém, depende da capacidade da rede em reter valor e gerar demanda em meio à ascensão das L2.
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