Não há nenhuma esperança de alta para o preço do Ethereum, diz analista

No fim do primeiro trimestre de 2025, o preço do Ethereum enfrenta seu momento mais sombrio. A cotação do ETH despencou abaixo de US$ 1.800, e o par ETH/BTC caiu para o menor nível desde maio de 2020. Analistas e membros da comunidade perderam a fé em uma recuperação a curto prazo.

Durante o evento ETH Hangzhou, considerado um dos últimos bastiões da resistência otimista, o clima entre os desenvolvedores era de esforço, mas com pouco entusiasmo pelo futuro dos preços. Uma pesquisa informal realizada ali indicou que 70% acreditam que o ecossistema Ethereum já entrou na meia-idade, e 10% consideram que ele envelheceu e perdeu vigor.

Além do cenário de baixa, o comportamento recente do fundador Vitalik Buterin também gerou ruído. Dessa forma, em um episódio inusitado, Buterin imitou um gato diante de um cão robô, gerando estranhamento e desconforto na comunidade. Assim, para muitos, a atitude reforçou a ideia de que o projeto perdeu foco e conexão com sua base.

Preço do Ethereum

Uma sondagem realizada entre participantes do evento revelou outro dado alarmante: 90% dos entrevistados possuem menos de 100 ETH. De acordo com os dados, a grande maioria tem posições modestas, e alguns admitiram vender tudo ou manter posições vendidas. Esse movimento reforça o pessimismo quanto à valorização da moeda.

Além disso, ao serem questionados sobre a possibilidade de o ETH atingir uma nova máxima histórica em 1 a 2 anos, a resposta majoritária foi um sonoro “não”. Nem mesmo entre os desenvolvedores houve otimismo. A previsão mais comum coloca a chance de valorização apenas no próximo ciclo, entre 2 a 5 anos, ou até mais.

Além disso, a rede não é mais o lar das melhores meme coins , que estão ajudando a impulsionar outras blockchains como Solana e, mais recentemente, a BNB Chain.

O analista @ConstantinGao foi direto: “O Ethereum perdeu suas narrativas”. Segundo ele, os conceitos de “petróleo digital” e “computador mundial” falharam. Hoje, o ETH é visto como um serviço de aluguel de blocos, sem utilidade clara para reserva de valor, ao contrário do Bitcoin.

“Apesar de tudo, a comunidade ainda resiste, mesmo que com pouca esperança. Desenvolvedores seguem ativos, e há quem acredite em um renascimento no longo prazo, impulsionado por avanços em aplicações maduras, como NFTs, jogos e DeFi. Mas isso ainda parece distante”, disse o analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev.

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