Brasil quer usar blockchain para facilitar transações internacionais no Brics
O Brasil está estudando a utilização da blockchain, tecnologia por trás das criptomoedas, para aprimorar as transações financeiras internacionais entre os países do Brics. O grupo de países de mercado emergente atualmente inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia.
A ideia de usar blockchain no grupo será uma das prioridades do Brasil durante sua presidência rotativa do bloco, iniciada em janeiro de 2025 e com duração de um ano.
Diferentemente da ideia anterior de criar uma moeda comum para o Brics, essa iniciativa tem como foco aumentar a eficiência das transações internacionais. Afinal, a tecnologia é capaz de garantir maior agilidade e segurança nas operações financeiras internacionais.
Ou seja, a intenção não é substituir o dólar como moeda padrão do comércio exterior. Dessa forma, o Brics evita possíveis sanções dos Estados Unidos. Vale ressaltar que o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a ameaçar taxar em 100% aqueles que tentarem substituir a moeda americana no comércio global.
No passado, a Rússia chegou a cogitar a possibilidade de lançar uma stablecoin ligada ao Brics – mais especificamente, atrelada ao yuan chinês. O presidente russo, Vladimir Putin, disse, na época, que o Brics estava trabalhando na criação de um sistema de pagamento independente, livre de pressões políticas e interferências externas, que inclui uma CBDC (Moeda Digital de Banco Central). No entanto, os planos não foram à diante.
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Brics pode usar tecnologia cripto em transações
Atualmente, stablecoins, moedas digitais atreladas a ativos tradicionais como o dólar, já são amplamente utilizadas de maneira informal para transações transfronteiriças e remessas.
Entre as iniciativas em estudo no Brasil está o Drex, projeto piloto do Banco Central (BC) que visa criar uma infraestrutura tokenizada para a compra e venda de investimentos financeiros. Além disso, o Drex analisa o potencial da blockchain para transações internacionais reguladas.
Uma alternativa à blockchain seria a criação de uma rede integrada de sistemas semelhantes ao Pix para transações internacionais. No entanto, essa solução levanta questionamentos sobre governança e soberania dos países envolvidos, dificultando a implementação.
Nesse contexto, a tecnologia blockchain surge como uma ferramenta que pode ajudar o grupo econômico em suas transações internacionais, sem problemas de privacidade ou soberania.
O que é blockchain?
Blockchain é um tipo de banco de dados descentralizado e imutável que registra transações em blocos encadeados de forma cronológica e segura. Cada bloco contém um conjunto de transações verificadas e um código único (hash) que o liga ao bloco anterior. Isso garante a integridade dos dados.
Essa tecnologia elimina a necessidade de intermediários, tornando as transações mais transparentes e seguras. A solução é amplamente usada em criptomoedas como o Bitcoin, Ethereum, XRP e Solana, além de aplicações em contratos inteligentes, rastreamento de suprimentos e autenticação digital.
No Brasil, os Correios também estão buscando integrar a tecnologia blockchain em seus serviços. A estatal iniciou um processo de licitação para contratar empresas especializadas em blockchain e inteligência artificial, com o objetivo de aprimorar a transparência e eficiência nos serviços postais.
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