Rússia e Irã usam criptomoedas para contornar sanções, diz Chainalysis
Indivíduos e redes desses dois países buscam sistemas financeiros alternativos para contornar as restrições ocidentais.

Em 2024, as sanções internacionais remodelaram o cenário das transações com criptomoedas. Afinal, países como Rússia e Irã passaram a recorrer cada vez mais aos ativos digitais para contornar restrições financeiras.
Um relatório recente da Chainalysis, compartilhado com Cryptonews, mostra que entidades sancionadas receberam US$ 15,8 bilhões em criptomoedas em 2024. Isso corresponde a quase 39% de todas as transações ilícitas com cripto.
Além disso, as jurisdições sob sanções internacionais foram responsáveis por uma parcela recorde dessa atividade. Afinal, representaram quase 60% do valor no último ano.
Sanções visam redes financeiras da Rússia
Enquanto os países ocidentais intensificam a repressão, indivíduos e redes do Irã e da Rússia buscam sistemas financeiros alternativos para contornar as restrições.
Em 2024, os dois países adaptaram suas estratégias usando finanças descentralizadas (DeFi) e exchanges sem KYC. Então, foram capazes de sustentar suas operações financeiras, segundo a Chainalysis.
Irã e Rússia também fortaleceram laços financeiros com os países do BRICS. Por exemplo, a Rússia passou a pressionar mais por acordos comerciais usando stablecoins e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) em vez do dólar americano.
Além disso, a Rússia legalizou a mineração de criptomoedas e os pagamentos internacionais. Portanto, promoveu mudanças significativas para combater as sanções financeiras ocidentais.
No entanto, algumas ações de repressão provocaram estragos nas redes financeiras russas ao longo de 2024.
Em agosto, a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA sancionou a KB Vostok OOO , fabricante russa de drones que fornece equipamentos militares às forças do país.
Em setembro, autoridades alemãs apreenderam a infraestrutura de 47 exchanges sem KYC em língua russa na “Operação Final Exchange”. Além disso, no mesmo mês, a OFAC sancionou a Cryptex, uma exchange russa de criptomoedas, por lavar mais de US$ 5,88 bilhões em transações.
Por fim, em dezembro, a Agência de Crimes do Reino Unido desmantelou uma rede de lavagem de dinheiro de língua russa multibilionária na “Operação Destabilise”. Apesar dessas ações, exchanges de origem russa sem KYC continuam a surgir, geralmente como novas versões de plataformas desmanteladas.
Bolsas globais apertam restrições ao Irã
O Irã, que também enfrenta um isolamento financeiro severo, é outro país que recorreu às criptomoedas como fator de estabilização econômica.
No entanto, segundo o relatório da Chainalysis, as bolsas de valores globais estão cortando cada vez mais o acesso aos serviços iranianos devido a pressões de conformidade.
Entre 2022 e 2024, as interações de câmbio com entidades iranianas caíram 23%. Transações mais baixas, até US$ 1.000, apresentaram o declínio mais acentuado — 33%.
Além disso, o país viu um aumento dramático nas saídas de criptomoedas. Afinal, elas totalizaram US$ 4,18 bilhões em 2024. Isso representa um aumento de 70% em relação ao ano anterior, de acordo com a Chainalysis.
Essa mudança é motivada pela instabilidade econômica. A inflação aumentou entre 40% e 50%. Além disso, o rial iraniano perdeu aproximadamente 90% de seu valor desde 2018.
O governo iraniano exerce controle rígido sobre os sistemas financeiros, restringindo o acesso a moedas estrangeiras e impondo limites aos saques de exchanges locais de criptomoedas, disse o relatório.
Em dezembro de 2024, as autoridades interromperam abruptamente os saques quando o rial atingiu baixas recordes. Isso provocou um êxodo de fundos para o Bitcoin (BTC) e stablecoins.
Muitos cidadãos iranianos veem as criptomoedas como uma tábua de salvação financeira. Então, estão usando elas para proteger ativos e facilitar transações internacionais em um ambiente bancário altamente restrito.
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