CEO do Goldman Sachs, David Solomon, não vê o Bitcoin como uma ameaça ao dólar americano

Enquanto a indústria de criptomoedas recebe o presidente dos EUA, Donald Trump, de volta à Casa Branca, alguns dos líderes financeiros mais influentes do mundo se reúnem em Davos, Suíça, para o Fórum Econômico Mundial anual.

O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, reservou um tempo na tarde de quarta-feira para conversar com Andrew Ross Sorkin na CNBC. Sorkin perguntou a Solomon se a potencial reserva estratégica de bitcoin de Trump poderia influenciar o processo do banco em lidar com criptomoedas.

"Bem, primeiro, você sabe, tivemos essa conversa várias vezes," disse Solomon, "a tecnologia subjacente é algo em que gastamos muito tempo. É algo que estamos utilizando e testando para criar menos fricção no sistema financeiro. Super importante."

Do ponto de vista regulatório, no entanto, o Goldman Sachs ainda não pode possuir, negociar ou estar envolvido com Bitcoin, esclareceu Solomon. "Se o mundo mudasse, você e eu poderíamos ter uma discussão sobre isso," ele disse.

Isso é semelhante aos comentários que Solomon fez em dezembro de 2024. "Se a estrutura regulatória mudar, avaliaríamos isso, mas no momento não estamos autorizados a," ele disse na época.

"No final do dia, sou um grande defensor do dólar americano," disse Solomon na quarta-feira. "Bitcoin é um ativo especulativo, um ativo especulativo interessante. Não acho que haja muito mais a perguntar sobre isso, no entanto."

Trump está receptivo a estabelecer uma reserva estratégica "América em primeiro lugar" que prioriza moedas fundadas nos EUA, relatou o New York Post no início deste mês. Sorkin perguntou a Solomon se, em um mundo América em primeiro lugar, o Bitcoin é uma ameaça ao dólar americano?

"Eu não acho que o Bitcoin seja uma ameaça ao dólar americano," disse Solomon de forma direta. "Outros podem achar, [mas] eu não vejo o Bitcoin como uma ameaça ao dólar americano."

Solomon disse que o bitcoin 'poderia ser uma reserva de valor'

Solomon já disse anteriormente que a tecnologia blockchain subjacente às criptomoedas é "super interessante," destacando como o progresso pode ser feito para reduzir a fricção no sistema financeiro à medida que o sistema se torna cada vez mais digitalizado.

"Sempre disse que é um investimento especulativo," disse Solomon durante uma entrevista à CNBC no verão passado. "Não vejo um caso de uso real," embora tenha notado que "poderia muito bem haver um caso de reserva de valor" para o bitcoin quando questionado sobre reservas estratégicas de ouro.

O Goldman Sachs está conversando com potenciais parceiros sobre a possibilidade de desmembrar sua plataforma de ativos digitais em uma nova empresa, relatou a Bloomberg em novembro.