EUA: 73% dos donos de criptomoedas planejam reinvestir no setor

Recente pesquisa da Kraken revelou que 73% dos moradores dos Estados Unidos que possuem criptomoedas pretendem reinvestir nesse tipo de ativo em 2025. O estudo consultou 2.537 pessoas.

Isso mostra, portanto, a confiança atual dos investidores nesse mercado. Uma mudança de posicionamento, em que as moedas digitais vão sendo vistas, de fato, como viáveis instrumentos financeiros.

Segundo o estudo, 43% dos entrevistados acreditam que o setor cripto oferece mais segurança econômica do que o sistema bancário tradicional. Além disso, 52% consideram as criptomoedas um investimento de longo prazo.

O levantamento mostra, ainda, que 55% acreditam na utilidade dos ativos digitais no mundo real – sejam ou não proprietários de criptomoedas.

Por outro lado, 29% permanecem inseguros com relação ao futuro do setor. E 60% acham que as criptomoedas são usadas principalmente para atividades ilegais.

Ou seja, apesar de destacar o otimismo que envolve o mercado cripto atualmente, o estudo também mostra os receios que continuam a pesar sobre o setor.

Geração X é a que mais confia em criptomoedas

A pesquisa mostrou, ainda, que a geração X é a que mais confia no setor cripto, quando se diferencia os grupos por idade.

De acordo com a análise, essa confiança pode ser associada, principalmente, a dois momentos marcantes na história recente: a recessão econômica de 2008 e a pandemia de Covid-19, que começou em 2020.

Esses eventos provavelmente reduziram a confiança em moedas tradicionais, que sofreram com a alta inflação.

Essa constatação se alinha a um estudo conduzido pela Financial Conduct Authority (FCA), no Reino Unido, que revelou que mais de 7 milhões de adultos da naçao possuem ativos cripto.

Por outro lado, a Geração Z é que a que menos confia no setor cripto. Segundo a pesquisa, apenas 32% das pessoas com idade entre 18 e 29 anos acreditam que as criptomoedas são uteis no dia-a-dia.

Uma possível explicação para esse sentimento seria o fato de que essa geração ainda está aprendendo como o mercado cripto funciona e tem dúvidas sobre o futuro do setor.

Desafios no universo cripto

Paralelamente, recentes acontecimentos associados a violações de normas sobre o setor cripto mostram os desafios que a categoria enfrenta. Isso, inclui, por exemplo, uma multa de US$ 5,1 milhões aplicada à própria Kraken pela Corte Federal Australiana.

Esse episódio, envolvendo empréstimos para mais de 1.100 clientes sem as devidas verificações, levou a questionamentos sobre a regulação do setor.

Nesse sentido, pode, no fim das contas, acabar resultando em legislações globais mais claras e, assim, despertar mais confiança entre os investidores.

Projeções da Bitwise Asset Management sugerem que a Kraken pode estar entre grandes empresas cripto que estão considerando listar suas ações publicamente em 2025.

Esse movimento sinaliza um potencial aumento na transparência e na adoção em massa das criptomoedas.

Interesse dos brasileiros por criptomoedas cresce 124%

O interesse dos brasileiros pelo mercado de criptomoedas disparou nos últimos dois anos, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Bitso, em parceria com a Semrush. Em resumo, o levantamento revelou um aumento de 124% nas buscas relacionadas ao universo cripto entre setembro de 2022 e setembro de 2024.

As consultas saltaram de 2,12 milhões para 4,75 milhões. Apenas no último ano, o crescimento foi de 59%. Em setembro de 2023, 2,99 milhões de pesquisas foram registradas, enquanto no mesmo mês deste ano o número superou os 4,75 milhões.

Termos como “blockchain” lideraram as buscas, com 1,2 milhão de consultas, seguidos de “criptomoedas” (74 mil) e “DREX”, a moeda digital brasileira do Banco Central (60,5 mil).

A pesquisa também mostrou que o interesse vai além de simples curiosidade. Os brasileiros estão cada vez mais empenhados em aprender sobre o mercado e expandir seus conhecimentos financeiros.

Assim, termos como “educação financeira” registraram 49,5 mil buscas, enquanto “o que é blockchain” e “o que é criptomoeda” alcançaram 6,6 mil e 3,6 mil, respectivamente.

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