• A Argentina e El Salvador fizeram uma parceria para impulsionar o setor de criptomoedas na América Latina, compartilhando conhecimentos regulatórios e promovendo a inovação.
  • El Salvador entrou em negociações com o FMI para obter um financiamento de vários bilhões de dólares, o que significa alterar a lei do Bitcoin.

El Salvador e Argentina anunciaram uma parceria estratégica para aprimorar o desenvolvimento do setor de criptografia na América Latina. Os dois países assinaram um acordo para fortalecer as políticas e incentivar o desenvolvimento do setor de criptomoedas.

Juan Carlos Reyes, chefe da CNAD de El Salvador, e Roberto Silva, chefe da CNV da Argentina, assinaram o documento na terça-feira. Nessa parceria, ambas as organizações trabalharão juntas para fornecer conhecimento regulatório e apoiar o estabelecimento de um mercado legítimo de criptografia.

Reyes destacou que a cooperação com parceiros internacionais é crucial e observou que os principais objetivos da CNAD incluem a troca de conhecimento com parceiros de outros países e o crescimento da presença internacional de empresas regulamentadas. Reyes enfatizou que a Argentina é conhecida como um dos países mais tecnológicos do mundo, com altas taxas de penetração, o que torna essa parceria muito eficaz.

Embora os detalhes da parceria não tenham sido compartilhados publicamente, Reyes afirmou que a parceria visa promover o compartilhamento de conhecimento e estimular o desenvolvimento de tecnologias de criptomoeda. Ele observou que eles continuarão a trabalhar na construção de um ambiente propício para o desenvolvimento de ativos digitais na região.

Contextos nacionais que impulsionam a parceria

El Salvador tem liderado o mundo no uso de criptomoedas, pois se tornou o primeiro país a aceitar o Bitcoin como moeda de curso legal em 2021. O governo de El Salvador, liderado pelo presidente Nayib Bukele, alocou US$ 270 milhões para comprar 6.180 bitcoins. No início do projeto, havia dúvidas, mas os ganhos cumulativos não realizados foram de mais de US$ 333 milhões.

O presidente da Argentina, Javier Milei, também endossou a criptomoeda e o Bitcoin como uma forma de lidar com a inflação. As políticas governamentais sob sua administração estão alinhadas com a comunidade ativa de desenvolvedores de criptografia do país. A concentração de alta tecnologia e o alto nível de adoção de criptomoedas que a Argentina tem fazem do país uma contraparte perfeita para El Salvador quando se trata de regulamentar o setor de criptomoedas na região.

Acordo com o FMI e ajustes na política de Bitcoin

El Salvador também está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter um pacote de financiamento no valor de vários bilhões de dólares. De acordo com os relatórios, o acordo pode envolver mudanças na lei do Bitcoin no país, o que significaria que as empresas teriam permissão para aceitar o Bitcoin de forma voluntária.

O FMI vem negociando com El Salvador há muito tempo, e é por isso que ele tem preocupações sobre a conveniência de usar o Bitcoin como moeda legal. No entanto, o FMI ainda pede mais transparência no país com relação à regulamentação das criptomoedas. O acordo poderia abrir US$ 2 bilhões em crédito do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento para reformas macroeconômicas e ajustes estruturais. No momento em que este artigo foi escrito, o BTC estava sendo negociado a US$ 98.022, registrando um aumento de 3% nas últimas 24 horas.

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