Bradesco planeja implementar identidade digital em blockchain até 2025

O Bradesco pretende adotar a tecnologia blockchain para criar um sistema de identidade digital descentralizada, segundo revelou uma reportagem de Ricardo Bomfim para o Valor Econômico.

Segundo a reportagem , durante um “Ideathon” realizado recentemente, o banco testou iniciativas relacionadas ao tema e confirmou que o primeiro caso de uso está prevista para 2025.

De acordo com o Bradesco, a utilização de blockchain pode simplificar processos como abertura de contas, aprovação de transações por aplicativos de mensagens e contratação de seguros.

A tecnologia também promete melhorar a experiência em serviços de saúde e outras áreas estratégicas, tornando o atendimento ao cliente mais eficiente e seguro.

Ao contrário de métodos tradicionais, o novo modelo propõe que os dados pessoais dos clientes sejam representados por tokens armazenados na blockchain.

Esse formato garante segurança e imutabilidade das informações, mas também permite que os clientes ou emissores revoguem credenciais quando necessário.

“Essa abordagem combina transparência, segurança e flexibilidade, criando valor para empresas e consumidores dentro de um ecossistema digital confiável”, explicou o Bradesco ao Valor.

Imagem: Divulgação Bradesco

Bradesco e blockchain

O projeto faz parte de uma série de iniciativas relacionadas ao Drex , a proposta de tokenização do sistema financeiro promovida pelo Banco Central.

Com isso, o banco busca integrar tecnologias inovadoras para resolver problemas de negócio e agilizar processos, como o uso de CDBs tokenizados em empréstimos e a gestão do ciclo de vida de debêntures.

A reportagem destaca que a iniciativa começou em julho e envolveu workshops para capacitar equipes internas sobre identidade digital descentralizada.

Após a seleção dos melhores casos, uma banca de executivos avaliou as propostas. Essa preparação reflete o compromisso do Bradesco em liderar a transformação digital no setor financeiro brasileiro.

O banco acredita que a identidade digital descentralizada representará um avanço importante no relacionamento com os clientes e na proteção de dados.

“O futuro dos serviços financeiros passa por soluções que unam inovação e segurança. Com a blockchain, daremos um passo significativo nessa direção”, concluiu a instituição.